Parabéns ao Mazembe! O auto-intitulado "todo-poderoso" do Congo (antigo Zaire), o único a defender o título obtendo o bicampeonato duas vezes no continente chega a sua primeira final de mundial. Al-Ahly, seu principal rival no continente, jogou dois desses mundiais e complicou a vida de um time pequeno brasileiro, mas acabou perdendo. Na segunda vez que um africano pegou os vermelhidos, bem, deu a justiça: num jogo onde a habilidade não apareceu, o toque refinado ficou restrito aos lances de gol. A jogada de ambos os lances, num dois a zero que legou ao fiasco um time cheio de empáfia (maior da onde? só se for da beira do lago aterrado onde está a porcaria vermelha, manchando as margens belíssimas do Guaíba...), foram dignas de um bom futebol, muito embora haja quem assinale que o time do aterro tenha colaborado com o bom espetáculo, só assistindo o passeio que o rápido time congolês converteu no maior vexame de um clube brasileiro em campeonatos mundiais.
Podem dizer que mundial mesmo, só de 2005 para cá e talz, mas a questão é uma só: sem desmerecer a equipe da Rep. Democrática do Congo (cuja seleção nacional é a atual campeã do continental - a base, é claro, é do Mazembe...), mas a preparação e principalmente o quanto de dinheiro foi enterrado nessa empreitada, o mínimo que se esperava que as estrelas no peito, em vez de um mapa astral sem sentido, representasse o peso de uma tradição. Muitos dizem que o Brasil estava torcendo por um timeco desses; eu não porque esperava mesmo que um time de África chegasse finalmente a uma final. Para que não lembra, desde a conquista improvável de 2006, só tem dado europeus. E todas as finais tinham sido com sul americanos. Vamos ver se com um africano a escrita muda, embora, sinceramente, a Inter (e é só esta que merece respeito com este nome) tenha futebol até para jogar ao que o time brasileiro não jogou. Mas não custa nada torcer, né?